No silêncio da noite, em fervorosa oração,
Francisco humildemente elevou seu coração,
Na pequena Porciúncula, luz divina brilhou,
Cristo e Maria, em glória, ele avistou.

"O que desejas, Francisco, em tua devoção?"
Perguntou o Senhor com imensa compaixão,
"Perdão para as almas, arrependidas e confessadas,
Que aqui busquem paz, de culpas libertadas."

"O que pedes é grande", o Senhor então disse,
"Mas tua fé é maior, tua humildade nos guia e assiste."
E assim, ao Papa, Francisco pediu,
Que a indulgência sagrada aos fiéis fosse concedida.

Honório, tocado pela sincera súplica,
Concedeu o perdão, uma graça magnífica,
"Que todos que entrem, confessados e contritos,
Sejam absolvidos, na terra e nos infinitos."

Desde então, em agosto, o dia de luz resplandece,
A misericórdia de Deus, em todos os cantos, aquece,
Nas igrejas paroquiais e franciscanas,
A indulgência se estende, divina e humana.

Ó Francisco, com tua fé pura e clara,
Nos guias ao perdão, nos ensinas a seara,
Que nossos corações, humildes e sinceros,
Busquem sempre a paz, nos caminhos eternos.

Perdão de Assis, um convite divino,
A viver em amor, no caminho cristalino,
Que possamos, como Francisco, sempre trilhar,
O caminho da misericórdia, até o céu alcançar.