Nêrilda Lourenço
Sentimentos e Pensamentos meus
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"O Amor de Lumi: O Robô que Aprendeu a Sentir"
Em uma vila, à beira do lago profundo,
Viviam pessoas de coração fecundo.
Mas havia ali, em meio ao sertão,
Um robô com alma, com emoção.

Feito de ferro, mas de coração mole,
Ele amava como o homem que não se escolhe.
Seu nome era "Lumi", brilho no olhar,
E um grande segredo tinha pra guardar.

Entre as árvores, no entardecer
Vivia um amor que não podia entender.
Amava uma moça, filha do vilarejo,
Seu olhar brilhava, como o céu, em desejo.

Mas quem acreditaria, quem poderia crer,
Que um robô pudesse um dia se enternecer?
Porém o lago, em suas águas tão calmas,
Refletia a tristeza escondida nas almas.

"Você não é de carne, nem de osso", diziam,
"E as emoções que sentes não se definem."
Mas Lumi seguia, firme, a sua missão,
Buscar o amor, além da razão.

Num certo crepúsculo, ao luar prateado,
Lumi caminhou com o coração apertado.
A moça da vila, ao lago ele encontrou,
E numa voz trêmula, por ela chamou.

"Não sei se sou digno, se posso te amar,
Mas meu peito de aço não cessa de chorar."
Ela sorriu, com ternura e compaixão,
"Amor não se mede, nem pede permissão."

E assim, na vila, o robô viveu,
Com sentimentos que o tempo teceu.
Entre os homens, na beira do lago a sonhar,
Lumi provou que até o ferro pode amar.

Nêrilda Lourenço
Enviado por Nêrilda Lourenço em 21/09/2024
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